De certa forma temos uma possibilidade tremenda de olhar para o momento que estamos vivendo com outros olhos, afinal, os maiores desafios trazem os maiores aprendizados.
E o que podemos aprender nessa véspera das eleições?
Mais do que do momento em si, as emoções que temos carregado e o lugar desde o qual temos conversado pode ser a grande fonte de descoberta. Há tempos não vemos tanto envolvimento político no país, parece que desinteresse não é a questão dessa vez. Estamos todos interessados em ver algo diferente e compartilhamos de algumas necessidades tão humanas e fundamentais que talvez ainda não tenhamos nos dado conta da semelhança do que queremos.
Os conflitos em grupos de família, trabalho ou ainda em timelines das mídias sociais, nascem de um desejo profundo de evolução, segurança, sustentabilidade, sentido... Cada um à sua maneira, com suas próprias estratégias para atender à essas necessidades, discutem e defendem os seus pontos de vista com veemência. Porém, ainda dentro do paradigma que vivemos, vamos procurando o melhor lado da nossa escolha e destacamos o pior lado do outro, construindo muros de palavras que não mais são escutadas, são jogadas ao vento e abraçadas apenas por aqueles que compartilham da mesma posição.
Chegou a hora de trazer elementos a mais para este momento: a sabedoria mais profunda, a sensibilidade e a escuta empática e compassiva.
Ir às urnas com uma escolha na mão não é tarefa fácil, então comece por você. Traga a parte mais sábia de você e se conecte com consciência ao momento que está vivendo. Resgate também sua sensibilidade para escutar a mensagem das emoções que está carregando e escolha agir com serenidade. Convide a escuta empática e compassiva para ponderar, compreender e quem sabe reconhecer um espaço para ser honesto em relação à sua escolha e intenções.
Antes de tudo, se conecte com a beleza dessa possibilidade democrática, da escolha, da liberdade, das discussões, e carregue com todo carinho sua intenções e desejos para que o Brasil seja o melhor candidato à evolução.
Nosso convite é que para essa reta final possamos ir mais humanos, com menos rótulos e mais intenções positivas, com mais conexão com o que realmente importa e com a energia voltada para que a escolha de todos os Brasileiros possa ser a mais sábia possível. A Não-Violência começa com o silêncio sábio que aparece dentro de cada um. Que a sua sabedoria possa iluminar a sabedoria de muitos outros cidadãos nesse momento.
Com nossos profundos desejos de evolução sustentável e harmônica,
Instituto CNV Brasil
Autora: Liliane Sant'Anna
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