Certa vez, fui em uma palestra do Arun Gandhi, neto do Mahatma Gandhi. Dentre todos os ensinamentos que Arun recebeu de seu avô nos anos que morou com ele e nos transmitiu nesse dia, uma história em particular me marcou:
Gandhi pediu para ele escrever de um lado de uma parede todas as violências físicas que ele visse acontecer e de outro lado toda a violência silenciosa, a violência invisível.
Ele disse não ter entendido o motivo da tarefa em um primeiro momento, mas uma semana após receber essa instrução, nos contou ter ficado impressionado ao perceber que não havia mais espaço para escrever relatos no lado da parede destinado à violência invisível.
Nesse momento, ele entendeu a lição que seu avô queria lhe passar:
era dessa parede cheia, quando já não havia mais espaço para receber feridas silenciosas, que essa violência que tantos nos assusta nos jornais transborda.
Estamos em luto pelo atentado da Stoneman Douglas High School, estamos em luto pela violência vista em vários estados do Brasil e renovando o compromisso com
a possibilidade de transformação tão poderosa e necessária que a CNV carrega consigo e com o propósito de eliminar a violência invisível que existe nas relações e na sociedade.
Reforçamos o convite para que você se junte a nós na busca de conhecer, ensinar e viver a comunicação não-violenta cada vez mais!
Não devemos buscar somente nossa própria evolução, ao mesmo tempo que não adianta colocar as energias somente na mudança do mundo. Ambos precisam da nossa dedicação constante e progressivamente!
AUTORA: JADE ARANTES
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